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Mostrando postagens de junho, 2013

Olhando o céu

Quem está longe das manifestações que tomam conta do País e aproveita o calor da cidade de Roma, deve agendar uma visita ao Palácio Pamphilj, sede da Embaixada do Brasil. Lá, na Galeria Cortona, o artista Ernesto Neto montou a exposição “Olhando o Céu”. A obra faz parte da programação do Festival de Cultura e Arte Brasileira na Itália, realizado há três anos pela Casa Fiat de Cultura que já expôs os trabalhos dos irmãos Campana, “Brazilian Baroque - Privato Romano Interno” e de Vik Muniz, “Matrici italiane”. Com curadoria de Emanuela Nobile Mino, a intervenção de Neto é uma oportunidade para apreciar o afresco do pintor italiano Pietro da Cortona que retrata as histórias de Enéas, mítico fundador de Roma e decora toda a abóboda do ambiente barroco. "A instalação é convite para desviar a habitual trajetória horizontal da visão e a levantar o olhar para se abrir e captar a sinergia que a obra cria com o ambiente em seu redor, sublimando, assim, o virtuosismo da perspectiva da pintu

Vale dos Templos

Continuando as dicas pela Sícilia antiga, um outro destino é a cidade de Agrigento, erguida onde antigamente existia a cidade grega de Akragas, cujo início data de 580 a.C. Lá está localizado o Valle dei Templi que têm em seu terreno uma série de templos dóricos provenientes do período Helênico. Pode parecer um montão de pedras, mas são os mais bem conservados monumentos existentes em todo o mundo e claro, virou Patrimônio da Humanidade. O Vale dos Templos abriga além dos restos de nove dos dez templos que existiam no local, três santuários, uma grande concentração de necrópoles ou catacumbas, obras hidráulicas romanas, parte de um bairro helênico e romano construídos sobre antiga planta grega, dois importantes locais de reuniões públicas da época, o Agorá inferior, próximo aos restos do templo de Zeus e o Agorá superior próximo ao complexo do museu. Chegando lá, percorre-se uma “via sacra” onde estão dispostos os principais templos do parque. Se for no ve

Villa Romana

A Sicília nos reserva surpresas do tempo dos impérios grego e romano. Uma delas é a Villa Romana del Casale, situada perto da cidadinha Piazza Armerina. A casa datada entre os anos tetraca nos anos de 285 à 305 e é uma espécie de fazenda daquela época que a região servia como o celeiro do império. Suas imponentes construções abrigavam além da casa, um grande espaço dedicado a termas e banhos. Mas o que chama atenção mesmo são os mosaicos, muitos deles ainda preservados que valem uma longa visita. A descoberta desta tesouro foi feita pelo arqueólogo Gino Vinicio Gentile, auxiliado pelos moradores, na década de 50. Tudo foi restaurado e a visita é feita por meio de um caminho suspenso com placas explicativas de cada um dos desenhos. O teto está protegido por toras de madeiras. Cada sala mantêm mosaicos com temas distintos. Um grande corredor mostra as formas de caça conhecidas na época em todo o mundo. Uma outra curiosidade é o caminho demarcado por cabeças de animais que servem como sin

A farinata

Voltando da Cote D'Azur, paramos na pequena cidade de Novi Ligure. Para o jantar daquela noite, o cardápio se resumia a famosa Farinata. Não sei exatamente como explicar mas vai de um omelete de farinha de grão de bico ou uma espécie de pizza branca. O Il Banco mantêm uma tradição que nasce no século 12 e até hoje é um sucesso na região. O preço é para lá de convidativo e o local tem aquela atmosfera de lhe transportar para um passado, hoje em dia tão esquecido. Na sua adega, mais de 400 rótulos. A cada semana, eles escolhem um para que seja servido junto com a Farinata. Sabendo da importância em valorizar o produto, a ideia é usar apenas a matéria-prima local com a designação de D.O.C. Além disso, fazem o festival da Farinata e levam essa delícia para outros pontos da Itália.

A emoção da F1

Os motores roncando dos carros da Fórmula Um já me deixam bem felizes. Desde os tempos que trabalhava como produtora na Rádio Eldorado, acordando todos os domingos cedo para acompanhar as corridas ao lado de Marcello D'Angelo, Jan Balder, Mair Penna Neto e Mário Andrada e Silva, a velocidade e todo o circo ao redor me empolgava. E entre as corridas mais emblemáticas, sem dúvida nenhuma, era o GP de Mônaco. Além da beleza dos lugar, naquela época, Ayrton Senna arrasava por lá sendo considerado o Rei de Mônaco. Ficava no meu imaginário aquelas curvas, as pequenas ruas, os hotéis, as varandas cheias de lindas mulheres e os barcos estacionados vizinhos a pista. Era um cenário de conta de fadas. Vinte anos depois, chegou a minha vez de realizar este sonho. E incrivelmente estava tudo lá. O mesmo life style, o mesmo barulho, a mesma dificuldade de ultrapassagem, o jet-setter, os amantes do esporte, os turistas. Foi uma experiência inesquecível. Até agora, ainda tenha a sensação das máqui