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Mostrando postagens de novembro, 2011

Final de Campeonato

Sou corinthiana e estou vivendo uma situação atípica. Nosso adversário é o Vasco. Está certo que o quadro é favorável ao Timão, mas aqui no Rio de Janeiro isso é quase um detalhe. Só se fala na força do Vasco, na sua energia, na sua recuperação. A rivalidade Rio X SP toma conta das conversas. O mais engraçado que os dois times vão jogar contra seus arquiinimigos. Dois clássicos: Corinthians X Palmeiras. Vasco X Flamengo. Qual é a posição destes adversários? Impedir a vitória alheia entregando o título para o outro estado? Entregar o jogo e ver seu rival ser campeão às custas de uma derrota? O melhor seria o empate geral e claro, Timão Campeão. Aqui não tem as nuances de cinza que falei. Só um leva o caneco. Fazendo um paralelo com a vida em geral, é bom que em um relacionamento ninguém precisa ganhar de ninguém. O empate é sempre uma boa saída. E se o outro vai lá e faz um gol no trabalho, é motivo de comemoração e de correr atrás para que você também se sai bem. E se rola uma contus

Tons de cinza

Quinta-feira, Dia de Ação de Graças, um sentimento de gratidão e de felicidade havia me invadido. Era um dia lindo de sol, a brisa na praia era suave, o trabalho tinha sido agradável, o jantar saboroso. Na sexta-feira, veio o reverso da moeda. Um dia nublado, vento de derrubar a roupa na varanda, não almocei e ainde perdi meu celular no hall do meu prédio. É engraçado que mesmo sendo aquele objeto que eu mais gostava - tinha até capinha rosa - era e continua sendo um objeto. Mesmo assim, uma certa melancolia tomou conta de mim. Pela desatenção e acima de tudo por quem pegou e não entregar na portaria. Fica uma insegurança e também um pouco de descrédito no que acredito ser um valor máximo do ser humano: a honestidade. Ter essa fé arranhada doí mais do que o prejuízo em si. Mesmo porque já estou com outro chip e outro aparelho que ganhei ( tá vendo como nem dá para reclamar????) . Mas hoje eu acordei com esse questão de dois dias tão diversos, refletidos inclusive no tempo. Sempre apren

Civilidade=mobilidade

Hoje experimentei o programa Mobilicidade tem aqui no Rio. Como em outras grandes capitais mundiai, ele oferece bicicletas a preços camaradas (10 reais o mês) para circular por uma hora direto. E é uma maravilha. Simples e funcional. Você se inscreve no site , liga para um telefone, informa localização e número da bicicleta e voilá. Lá vai você com sua magrela pela orla de Copacabana, Ipanema, Leblon e Lagoa. O serviço deve ser chegar em outros bairros e é uma alternativa ao transporte público. Neste feriadão, o objetivo mesmo era lazer. Tinha um pouco de garoa, mas o passeio valeu mesmo assim. Vale lembrar que esta é a segunda tentativa de implantação do programa. A primeira deu errado pois a maioria dos bikes foi roubada. Agora estão pintadas de laranja  bem forte com a marca Itaú bem grande para ser mais fácil achar por aí. Para um passeio avulso, custa 5 reais a hora. Ou seja é tão barato que quem sabe sensibiliza as pessoas a usarem e devolveram tendo mais esse benefício para todo

Receita de um bom domingo

Amanhecemos com a ressaca do medo da invasão da Rocinha e terminanos o domingo cantando e dançando. Como essa transformação se deu? A convocação partir de um SMS disparado aos amigos que estavam na cidade. Nato e eu temos um espírito agregador e gostamos de ter companhia. No Rio, mesmo que já faz seis meses aqui, notamos uma certa rotatividade. Pessoas que você encontra uma vez e depois, sequer dá um telefonema. Ficamos meio assustados e apreensivos se não íamos conseguir manter um círculo de amigos como tinha em São Paulo e em Milão. Por isso, o caminho mais fácil foi se juntar aos outros expatriados e a casa se tornou uma espécie de consulado italiano. Mas, neste domingo, a globalização reinou por aqui com cariocas, paulistanos e italianos. O ingrediente principal desta reunião feliz foi sem dúvida nenhuma a amizade e o espírito despojado de cada um se doar e se abrir ao outro. Conhecer novas pessoas, rever velhas amizades, aprender outras formas de viver, ouvir histórias, abrir seu

Tá dominado!

Hoje acordamos cedo e corremos a ligar a televisão. Eu queria saber como havia sido a ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, se havia tido resistência, se houve mortes, se a população estava tranquila. Meu namorado já queria saber se a ligacão para a Barra estava liberada para podermos ir para a praia de Grumari. Olhando tudo que aconteceu, parecia meio óbvio que  além de um pouco de óleo jogado na pista, não haveria bandidos por ali esperando serem presos depois de tanto alarde durante toda a semana. Acho que a estratégia da polícia funcionou. Mas dois detalhes me chamou a atenção: ontem, no cabelereiro, um dos funcionários é morador da Rocinha e eu pergunto toda preocupada: "como estão as coisas por lá?" A resposta me surpreende: " Estamos muito tristes com a prisão do Nem. O Natal será mais pobre. Você não imagina como ele era bom para a comunidade. A festa do dia das crianças foi espetacular". Lembrando que o traficante Antônio Bonfim Lopes, chefe do trá