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Dez em cada dez italianas estavam usando pulseiras feitas de guipir na Itália neste verão. Os modelos foram criados pelo designer Luca Caprai, proprietário da marca Cruciani. São 30 cores para combinar com todas as roupas e biquinis. Os modelos mais populares são os do trevo da sorte para dar sorte, de coração, para chamar o amor, de borboletas, em homenagem a liberdade e de cadeados para casais para ficar uma para o homem e outro para a mulher representando a união. As pulseiras oficiais podem ser compradas em revendedores e nas boutiques de Cruciani em Milão, Forte dei Marmi, Dubai e Tokyo. Trouxe algumas de presente e foi um sucesso!

Londres não é bem uma cidade que se come bem....os ingleses são conhecidos pela torta de carne e batata...mas desta vez, estivemos em quatro bons restaurantes que valem o registro. O brunch foi no Tom's Kitchen  em Chelsea. Da cozinha de Tom Aikens, saem boas carnes e hambúrgueres. No jantar, a pedida foi frutos do mar no Bentley's . O local é conhecido pelas suas ostras que são frescas e saborosas. A lagosta também vale a pena. Só prepare o bolso! A conta é alta! Na Oxo Tower , tem três opções: bar, restaurante e brasserie. Ficamos com essa e tivemos a grata surpresa de entrar no local ao show de bossa nova que era a trilha sonora ao vivo. De entrada, experimente o pato....é inesquecível! Por fim, o L'Anima , no centro da cidade, onde experimentamos um  cardápio bem italiano para variar :) Oxo Brasserie Bentley's L'Anima Tom's Kitchen

Dois dias em Londres é pouco, muito pouco. O motivo da viagem foi o aniversário de um amigo e o legal foi ver as culturas italianas e inglesas misturadas. No restaurante, os horários são cumpridos à risca e não tem esse de ficar aumentando mesa. Então, virava uma confusão, pois, como éramos muitos, iam chegando as poucos e nada de colocar uma cadeira a mais. Pedir, depois que a cozinha está para fechar, esqueça. O transporte público funciona perfeitamente e todos usam. É engraçado ver as "periguetes" com o vestido curto e o salto na mão, andando pelas estações. Casaco, apesar do frio de 14 graus, são evitados para não pagar a gorjeta. Fiz dois programas de "turista" super bacana: o musical " We will rock" baseado em músicas do Queen e uma volta na London Eye que apesar da chuva, era lindo de ver a capital inglesa de cima. Faltaram as visitas aos museus, mas sempre haverá um motivo para voltar para lá.

Aproveitando essa rápida passagem aqui em Milão, fui conferir um desfile da temporada Primavera/Verão 2013. E o convite que ganhei era da Miss Biquini. Achei engraçado, mas fui lá ver. Aqui, os desfiles ocorrem o dia todo e nos lugares mais variados e nem todos fazem parte do calendário oficial. Neste, era o Palazzo Isimbardi, onde foi construída uma tenda no jardim centenário. Na recepção, um tratamento super especial para a imprensa. Aqui como no Brasil, o importante são os agentes de propagação da informação que vai muit além daquele pequeno público ali. Brinquei que era jornalista no Brasil, mas que estava de férias. Me acomodei e a primeira entrada foi da bela atriz italiana, Elisabetta Canalis, ex- namorada de George Clooney. Um arraso! As modelos eram belas, magras e os bíquinis um pouco exagerados para o nosso gosto com muito bordado e cores fortes. Nos pés descalços, subia uma falsa sandália de couro entrelaçada até os joelhos e os acessórios de couro iam de largos cintos a gr

Há cerca de dois anos, escrevi aqui sobre o restaurante Tano, passamil l'olio , onde havia passado momentos inesquecíveis comendo como os deuses. Tento apenas duas noites aqui em Milão, nesta passagem curta pela Itália, reservei uma noite lá. Os amigos dos meu marido fizeram cara feia e apenas um casal, Luca e Roberta, e outro amigo, Michele, acabaram aceitando o convite mesmo com toda a propaganda que eu tinha feito. Acho que eles estavam prevendo que não seria igual ou, talvez, como vivem aqui, podem ter achado que eu estava exagerado no predicados do restaurante. Pois bem. Chegando lá e perguntando pelos simpático chef Tano Simonato fiquei sabendo que ele estava em Moscou para um evento. As duas atendentes notaram minha frustação e tentaram me ajudar, mas não havia mais o mesmo apelo. Da primeira vez, ele escolheu o cardápio, o vinho e deu todas as explicações sobre os azeites. Desta vez, por mais que as funcionárias tentassem, os discursos eram burocráticos. Tive que escolher m

Sentado à frente do seu bar, vestindo bermuda e camisa regata branca, Pepino espera, calmamente, os clientes. Chegamos. Perguntamos: "Tem granita?". E ele, prontamente, respondeu: "A melhor do mundo. Pode procurar na internet". Estacionamos e fomos tirar a prova dos noves no pequeno estabelecimento, no bairro da Favachina, pertencente a pequena cidade de Scilla, na Calabria. As opções feitas de frutas frescas iam de figo ao pessêgo, de frutas vermelhas ao morango e as tradicionais de café e limão. O chantilly que acompanha a granita era feito diariamente pela sua esposa, assim como o brioche. Em agosto, contava, animadamente, Pepino, fabricava 600 brioches e vendia tudo. O local que abriga 120 habitantes aumenta em mais de 10 vezes sua população. Para atender a clientela, ele contrata 8 funcionários todo ano na alta estação e depois, permanece, assim, sozinho como o encontramos hoje. Mesas e cadeiras tomam as pequenas ruas no verão e Pepino serve, feliz, sua granit

Lampedusa é uma ilha espartana. Não há centro histórico e a rua principal só tem negócios locais com produtos bem simples. Nada de Via Montenapoleone. Em matéria de hospedagem, há para todos os bolsos e gostos. Mas, de novo, tudo mediano. O que se sobressai neste universo é o Calandra Resort , na Cale Greta. São 15 apartamentos exclusivos com a arquitetura local conhecida como damussi:construções feitas de pedras típicas da região com um pequeno teto redondo que como os trulli de Alborebello, ajudam a manter o ambiente fresco. O esquema de hospedagem inclui um barco a disposição todos os dias, um motorino para passear pela ilha e aperitivo todo o fim de tarde na agradável varanda do local.É uma daquelas pequenas pérolas que existe em varias partes do mundo, mas único em Lampedusa que devem ser incluíndo na lista dos hotéis de charme. Comparando de novo a Noranha, pode-se dizer que é a Maravilha daqui.

Hoje, passamos um domingo espetacular na praia que se chama Conigli. Isso porque,  na frente, há uma ilha como mesmo nome ligada ao continente por uma língua de areia branca. A praia era ótima com um água transparente e quente. Dá pra ficar o dia todo dentro da água, mergulhando, conversando.  Lá existe o projeto Legambiente que cuida de tartarugas que escolheu este posto em particular para a desova de seus ovos. Como o Projeto Tamar, os voluntários cercam os ovos dos turistas e acompanham o nascimento das tartaruguinhas. Como tudo que e bom tem também seus inconvenientes. Para chegar até lá, tem uma caminhada de 20 minutos. Descer, tudo bem! Mas subir, depois de um dia de praia e bastante cansativo! Também não tem estrutura de cadeira e nem um quiosque com água ou qualquer coisa assim. Tem de levar tudo! E com a distância, mão da para carregar muito peso! O que digo, e que apesar disso, vale cada degrau!!!!

O país está em crise. Dizem por aí e se lê todos os dias nos jornais. O que acontece é que existe uma forma de encarar o trabalho e exercer exageradamente La Dolce Vita. Vejam esse exemplo: estamos em um lugar de turista no fim da alta estação. Com o fim do verão, o movimento em Lampedusa, apesar do sol intenso, tende a diminuir. Fomos aconselhados a almoçar em um restaurante em frente ao mar que se chama Port'n'Toni. Ao chegar lá, por volta de 15 hs, a resposta que recebemos era que a cozinha tinha fechado e que não era possível nem fazer um sanduíche. Comentei que no Brasil, um lugar como aquele ficaria aberto direto e a resposta que recebi foi que este era o costume italiano. Que aqui se almoça e se janta com horários pre-determinados. E mais, que não encontraríamos nenhum lugar para comer. Bem, atravessamos a baía e encontramos o Tunez , onde fomos atendidos por uma família muito simpática e havia tudo quanto e tipo de comida. Os dois negócios eram antigos e se via fotos da

A ilha de Lamapedusa é quase mais África que Itália. Pertence a Sicília, mas está a uma hora de avião de Palermo. Tem um pequeno centro, Via Roma, onde se concentram as lojas e restaurantes. E depois , há pequenas praias em torno da ilha feitas em calas, com um mar azul, transparente e com água quente. São dois tipos distintos: com areia e nas pedras - aquelas e os italianos tomam sol como largados. Aqui também é um reduto de tartarugas e golfinhos. A principal praia de desova é do Conigli. Sem duvida, a praia mais bonita da ilha. Uma opção para um tour é alugar uma scooter ou um mehari, uma espécie de buggy e, como em Fernando de Noronha, ir até  a praia próxima e depois caminhar por 40 minutos para chegar em Cala Pulcino, por exemplo. Há outras mais perto e acessíveis como Cala Croce e do outro lado da ilha, Cala Creta. Essas tem estrutura de bar e aluguel de cadeiras e guarda-sóis. Um bom inicio de ferias!

Texto lido em missa de sétimo dia no dia 18 de maio de 2012 “A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração.”  (Charles Chaplin) Ao subir neste altar para lembrar meu pai, o avô, o irmão, o tio, o amigo, o corinthiano poderia escolher o caminho da tristeza, da dor, da saudade imensa que me corroí o coração, mas isso não faria juz a memória dele e tudo que ele me ensinou. Meu pai tinha muitos defeitos, mas todos eles se apagavam no seu sorriso aberto e sincero que recebia a cada um de nós. Naquela casa, na Penha ,que sempre esteve aberta para quem quer que fosse: seus amigos, meus amigos, amigos da minha irmã, das minhas sobrinhas. Churrasco, caiprinha para os genros e se tivesse um joguinho de futebol, melhor ainda. Posso aqui lamentar que ele não verá o Corinthians ser Campeão da Libertadores, mas prefiro lembrar do estádio lotado da vitória de 1977, quando esperamos vinte anos para esperar a voltar se campeão. Ou ainda do nosso últi

Há 15 dias, recebi o diagnóstico que meu pai tem leucemia. Desde então parece que fui abduzida da minha vida e imersa em um mundo de hospital, espera, incertezas, exames, esperança e ansiedade. Gostaria de ter escrito aqui um diário sobre como é este processo de descoberta até o inicio do tratamento, já que tivemos de recorrer ao serviço público, pois meu pai havia trocado de plano e está em período de carência. Mas era impossivel conciliar as decisões práticas com a expressão dos sentimentos ou ao simples relato dos fatos. Ficamos 9 dias dentro do ambulatório do Hospital das Clínicas sendo super bem tratados pelos médicos residentes ( Dr. William, Dra. Maria Luiza, Dra Tatiana, Dra Gabriela e Dr. André, clínicos gerais e hematologistas) com toda aquela falta de estrutura física. Mesmo com o quadro que parecia grave, ele recebe todos os cuidados paliativos para conter a doença enquanto aguardavamos uma transferência para o ICESP. Tentamos de todas as formas. Com pedidos a amigos, deput

Neste domingo, dia 01 de abril, presenciei dois eventos onde o ator principal era o corpo humano. Pela manhã, aconteceu a largada aqui do lado de casa da Travessia dos Fortes. Uma prova de natação que vai do Forte de Copacabana ao do Leme. Eram mais de 2000 atletas caindo no mar com uma temperatura ideal, mas com o desafio de nadar 4 quilômetros em mar aberto. Ainda tinha uma pequeno grupo de paraatletas que me fez chorar de emoção. À noite, fui ver o espetáculo de Déborah Colker, Tatyana. E de novo, a coreógrafa testa o limite do corpo humano abusando de pontas do balé clássico. Uma maravilha! Para mim que não tenho nenhuma inteligência corporal. essas demonstrações acabam ganhando uma sentido ainda maior de força de vontade e determinação.

O livro de Tom Rachman tem causado grandes discussões ao detalhar, por meio de contos, o microcosmo de uma redação de um jornal escrito em inglês com sede em Roma. Na redação, desfilam tipos que nós conhecemos e identificamos com alguém que cruzou a nossa vida profissional. Além desta parte humana, digamos assim, o livro também retrata a passagem do velho papel jornal para as midias digitais e daí a ideia de se promover um debate que reuniu, ontem, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, os jornalistas Pedro Doria (O Globo),Cláudia Antunes (Folha de S.Paulo) com a mediação de Luciana Villas-Boas (Editora Record). Salvo o cárater romântico que damos a profissão e sua paixão em exercê-la, a questão final sobre o futuro do jornal é matemática: quem vai pagar a conta de manter uma redação de 500 pessoas trabalhando a custos altíssimo atrás da boa e velha notícia. Pedro Doria, com seu arsenal de conhecimento, passou alguns números e a situação de jornais no exterior e daqui. O que eu

Sempre é uma delícia acordar e abrir a janela de casa. Temos uma vista linda de Copacabana, Leblon, Ipanema e com direito aos dois cartões postais mais famosos do Rio: Pão de Açúcar e Corcovado. E ainda tem esse lance que a casa fica sempre cheia de amigos. A foto abaixo foi feita por um deles: Fabiano Parra. É um espetáculo :)

Veja nesta animação como os italianos se comportam: http://www.albinoblacksheep.com/flash/italy Com isso, entendemos tudo:)

Aqui no Rio, é sempre muito díficil ir ao cinema. A cidade é exógena. Te chama para fora. Principalmente com o sol. Nestes dois dias de chuva, consegui ver "A Separação" e "A Música sengundo Tom Jobim". São filmes distintos, mas com uma intensidade dramática muito parecida.  No primeiro, não é apenas um retrato da sociedade iraniana, mas da alma humana. Todos os personagens são tão íntegros em suas convicções, crenças, caráter que aquela nossa mania de apontar o que é certo e errado se dilui a cada cena. Quando se pensa em tomar partido de um, aparece um detalhe, um olhar, uma frase que faz ou mudar de ideia ou duvidar que o partido tomado é o melhor. O público é colocado na posição de juiz mas é tão incômodo, pois a cada 24 quadros, os personagens se mostram mais humanos: sofrem, disfarçam, mentem, refletem, se expõe, tornam a mostrar seus sentimentos, escondem novamente. Um carrossel de almas refletidas em uma câmera frenética, intensa, acusadora. A gente sai forç

Mais um revéillon inesquecível....sabe daqueles que nem deu tempo fazer pedidos? Eu só via cada desejo mais profundo meu se realizando mais rápido que a contagem regressiva. Casa cheia de amigos. Meus pais. Meus sogros. Mesa farta. Bebida, idem. Uma alegria no ar. Uma energia reconfortante. Tudo fluia com uma serenidade incrível. Depois a meia-noite, o sonho concreto de um belo anel no dedo. Meu querido fez tudo direito de novo. Ele tem aquele jeito calabres meio bravo, mas tudo o que faz é em grandes doses: dos gritos aos lindos gestos de amor. Ontem, fiquei tentando entender porque tudo tem de ser muito, beirando ao exagero. E na verdade, comecei a olhar de outra maneira. Porque temos de ser comedidos com a vida? Porque temos de fazer dietas em fez de nos empaturrar de comida boa? Porque temos de economizar se o dinheiro só serve para nos proporcionar o mínimo de bem estar? Porque temos de reprimir nossos sentimentos no lugar de gritar para o mundo nosso amor e até nossa raiva? Porqu