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Mostrando postagens de outubro, 2011

Casa Cor - Rio de Janeiro

Some um lugar supreendente: um casarão da década de 1910, no bairro de Botafogo, tombado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac),  pé-direito altíssimo, as imponentes portas, janelas e colunas, as boiseries e os azulejos originais, a criatividade de 85 arquitetos e o resultado são 61 ambientes de cair o queixo. O Palacete Linneo de Paula Machado que foi a residência da tradicional família Guinle até 2005 ganhou ares modernos em alguns espaços enquanto em outros se aproveitou da beleza existente nos 4 mil m² de área construída. Um pouco dadaísta demais com cadeiras penduradas no teto, lustres feitos de garrafas, cadeiras expostas em cima de mesas elevadas, um clima de non sense que só é permitido em mostras como essa que faz vc sonhar e se inspirar. Na área externa, os jardins de 50 mil m² cercados de Mata Atlântica ganharam uma champanheira , uma estufa modelo e claro muitas espreguiçadeiras para relaxar e curtir o local. Visita mais que recomendada. Corre lá! V

Momento Italia/Brasil

Foi dada a largada para o Momento Itália Brasil que terá de outubro desde ano até 2012 mais de 200 eventos da cultura italiana nas mais diversas áreas, da culinária ao design, da moda a fotografia, dos pintores aos cantores. Será mais um passo na aproximação deste dois países que são mais que irmãos. Aqui na região sudeste e sul, a maioria da população brasileira tem algum sanguinho italiano correndo na veia de alguma parte, mesmo remota da família. No meu caso, meu namorado brinca que eu não tenho é sangue brasileiro já que descendo de italianos casados com italianas. Mesmo assim, nosso hábito sagrado de comer macarrão as domingos no almoço e pizza à noite já entrega o nosso pé na bota. Bem, falando do espetáculo que abriu essa série de comemorações, foi neste sábado (15 de outubro), na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Chovia demais e mesmo assim, foi emocionante. "Ensaio sobre a beleza" foi concebido pelo italiano Valério Festi que tem em seu currículo abertura de jogos olímp

A favor da diversidade

O Rio é uma cidade múltipla e aberta as mais diferentes tipos de pessoas, manifestações, jeito de viver e de se vestir. Tive a oportunidade de presenciar isso em dois eventos seguidos: a Parada Gay no domingo e a palestra de Jean Paul Gaultier na segunda, promovida pelo Fashion Rio e FFW no Espaço Tom Jobim. A roupa aqui ganha um caráter quase político nas duas situações. Para serem aceitos nas suas escolhas pessoais, os gays se "montam" em fantasias femininas cheias de humor e de beleza e se tornam iguais as mulheres ( mesmo que de uma forma caricaturada). Para ser aceito como diferente no mundo fashion, Gaultier preferiu o caminho oposto: acentuar ainda mais essas diferenças flertando com o mundo punk, burlesco, das mulheres gordas, dos andróginos. Na palestra, ele afirmou que isso tudo era uma homenagem as mulheres. Para que neste cenário eclético, as características femininas pudessem sobressair. Assim como na parada, o importante era realçar esse lado que é tantas vezes

Lá vai o gênio

Morre Steve Jobs. Perdemos o Leonardo da Vinci do Século 21. Soube da morte dele no meu iPhone. Escrevo esse post no iBook. Acabei de subir da minha corrida diária feita ao som do iPod. Walter Longo que por uma destas coincidências na vida está em Cupertino escreveu que sentia como a morte de um parente. É esse mesmo o sentimento. Tudo o que ele criou era tão próximo e tão incorporado no meu dia a dia que fico pensando em quer vai preencher esse vazio. Em agosto, quando ele deixou a presidência da Apple, fiquei arrasada. Em férias na Itália, ninguém quis comentar o assunto. Fiquei mais indignada. Os italianos preferiram falar de comida do que do afastamento de Jobs. Esse gênio do terceiro milênio deixou um legado tão importante quanto da Vinci. Os dois eram preocupados com a funcionalidade e principalmente a beleza de suas criações. Com tinta, mármore, papel, o italiano nos deixou obras de arte. Com chips, telas, tecnologia, Jobs nos deixou um novo modo de interagir com esse admirável

Lá vem o sol

É engraçado acordar sem sol aqui no Rio. Parece que a cidade está incompleta. O dia nublado e, às vezes chuvoso, não combina com  cartão-postal da minha janela. O Cristo fica pedindo que pequenos raios de sol aparecem e o deixe aparecer....parece que ele fica tímido demais escondido embaixo de nuvens. Seus braços mesmo sempre abertos se tornam inalcansáveis ao nosso olhar e a sua benção. O carioca fica mais triste. O calçadão mais vazio. Os garis ainda insistem na tarefa inócua de varrer a areia para a praia. Todos os dias, os vejo nesta missão e me lembra a expressão "enxugar gelo". De qualquer forma,  a rua fica limpa e nós corredores a pé ou de bicicleta somos salvos do risco de escorregamos  e cairmos no chão. É bom esse clima de autoestima que invade todo mundo por aqui. A cidade está mais amada e consequentemente mais cuidada. Por isso, sempre é bom ter o sol espreitando na janela para aproveitar o dia lindo que nasce na Baia de Guanabara.