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Mostrando postagens de setembro, 2011

Rock in Rio: tantas emoções eu vivi

É longa minha ligação com esse megaevento. Fiz parte do bando de loucos que transformou o Rio em Woodstock, em 85 e na edicão de 2011, trabalhei como uma louca para levar conteúdo online para os assinantes da AOL com direito a transmissão de shows, chats, entrevistas...isso tudo sem nada de banda larga. Ontem, reencontrei esse evento que está cada vez mais grandioso e me deu uma saudade louca de não ter trabalhado para esse sucesso tremendo. Tudo está maior. O conceito mudou de show para diversão e as opções são muitas. Me supreendi com a batida da Ke$ha, apesar daquela cara de drogada, dancei ao show de Jamiroquai e me emocionei com Stevie Wonder. Cheguei em casa às 5 da manhã, lamentei que não tinho ido mais cedo na homenagem à Legião Urbana e conto os minutos para ir de novo hoje. Meu namorado não tem toda essa empolgação, mas tudo isso me fez sentir jovem de novo. Acabamos indo supertranquilos com CrisCard ( carro de um amiga), voltamos sem trânsito, comemos sem fila....o Nato at

Fim de semana de férias

Eu sempre digo que no Rio é sempre um clima de férias principalmente nos finais de semana. Este domingo foi mais uma prova desta minha teoria. Acordei com um telefonema do meu namorado que havia a troca de guarda no Forte de Copacabana. Me vesti e desci correndo para ver uma hora de apresentação de bandas marciais e mais uma daquelas cenas miltares que marcaram a nossa infância. O mastro da banda do Colégio Nilo Coelho havia falecido há uma semana e os alunos estavam emocionados. Choravam e tocavam sem desafinar. O maestro fez mesmo um bom trabalho em vida para deixar uma orquestra tão afinadinha mesmo com forte pressão emocional. Depois, fizemos um passeio por Ipanema e tivemos um almoço maravilho com polvo e peixe fresco comprados dos pescadores. No fim do dia, o Reserva Mais nos brindou com um show grátis do Davi Moraes. Tudo de bom no raio de menos de um 500 metros de distância. Que marrrravilha! Show de Davi Moraes Forte de Copacabana

A primeira visita do morro a gente nunca esquece

Todos já sabem que além da vista para Copacabana, Ipanena, Morro da Urca, Corcovado, da minha varanda avisto 5 favelas: bem de frente Pavão-Pavãozinho, à esquerda, Vidigal e à direita, Cantagalo, Chapéu da Mangueira e Babilônia. Pois bem, foi essa última que visitei por conta de m trabalho voluntário que estou fazendo para a Brazil Foundation. Mesmo estando sobre o regime de UPP, o taxista não quis subir e foi quase forçado pela polícia para ir até a entrada do morro. Seu medo era resultado de três assaltos à mão armada sofrido em favelas. Mas o que vi lá é uma tentativa de se reestabelecer a dignidade, a autoestima e o mínimo de infraestrutura para que seus 3 mil habitantes possam desfrutar do seu direito de ser cidadão sem ter que cruzar com pessoas armadas andando pela rua, como me explicou uma moradora. Agora, armas por lá só da polícia que está muito bem equipada. A Babilônia tem algumas particularidades: está no meio de uma APA (área de proteção ambiental); nasceu de cima para ba

A insustentável leveza do ser

Meu namorado não é do tipo sarado. Seus quase 100 quilos são bem distribuídos mas mesmo assim ele parece grande demais. O engraçado é que neste caso seu corpo físico é proporcional ao seu coração. Ele tem um coração do tamanho de um bonde repleto de carinho, atenção, sensibilidade e afeto. Por outro lado, esse corpão todo é desproporcional ao modo que ele vê a vida: para seus olhos, a vida é leve como um pluma. Na sexta-feira, ele chegou em casa e me encontrou em um estado de tristeza e frustação por causa da falta de trabalho aqui no Rio...por mais que seja maravilhoso poder curtir a praia todos os dias e aproveitar da cidade, para mim é super necessário essa ocupação de mente voltada para o lado profissional. E ele, que não tem nada a ver com isso, ouviu pacientemente, fez carinho e acima de tudo fez um monte de piada, me fazendo rir e me mostrando que nada é o fim do mundo. E com esse jeito, as coisas começam a clarear, o dia amanhece ensolarado, as horas passam mais tranquilas. É

Hora de sair de casa

Tem hoje uma notícia dando conta que pais italianos contrataram uma advogada para dar um ultimato do filho de 41 anos: ele tem de sair de casa em seis dias. O cara mora com a família, mas tem um bom emprego, exige que suas roupas sejam lavadas e passadas e a comida esteja pronta para ele. Seus pais alegam que não dá mais para mimar o filhote. O caso chama atenção para um fênomeno atual: cada vez é mais longa a permanência na casa dos pais. Uma pesquisa, divulgada em 2009, pelo Instituto Nacional de Estatísticas da Itália indica que sete entre dez italianos com idades entre 18 e 39 anos ainda vivem com a família e o governo estava pensando em criar uma lei que obrigue os filhos a deixarem suas casa aos 18 anos. Não devemos radicalizar. O convívio com a família é sempre bom, cria raízes, referências, bem estar....Claro que aqui o assunto só está sendo tratado na base da mordomia. Mas é muito mais que isso. Até a atual crise econômica pode ser um dos fatores para tal atitude. Mas, ven

Missa com show de Noa

A grande sensação no fim do verão em Panarea era o show da cantora Noa&Gil Dor . Ambos são judeus e e desde que se encontraram fazem duetos pelo mundo afora e atracaram por lá. A entrada era 50 euros com direito a um drinque. Desistimos de ir. Qual não foi a nossa surpresa ao chegar na missa de domingo e ela estar lá para cantar Ave Maria??? Foi um momento mágico para realmente abençoar essas férias lindas. No vídeo abaixo, um pedaço do show deles no Raya...

Ponto final nas Ilhas Eólicas

Eu já falei de Panarea aqui. Desta vez, ficamos mais uma de semana e ela nos servia como ponto de partida para uma vida no mar. Nossos amigos tinham barcos e a cada dia ancorávamos em uma ilha diferente. Visitamos Salinas onde na praia de Polara foi filmado "O Carteiro e o Poeta", Filicudi para almoçar, Volcano para uma banho na areia com sulfato conhecida com Fanghi (Abro esses parenteses para contar que essa areia entrou nos meus olhos e para me livrar da dor e ador, a sugestão dos habitantes locais foi pingar limão. O famoso pimenta não olho dos outros não arde. No meu ardeu demais). Durante os dias, era um verdadeiro parque de diversão aquático. Tinha jet-ski, mergulho, colchão e o mais diferente de todos: o seabob. Esse brinquedinho caro - mais de 10 mil euros - era um propulsor que servia para navegar e até ir ao fundo do mar. Uma delícia! Nos barcos, era um festival de comida e bebida. Muita conversa e risada. Sol, amigos e amor. Esse é  verdadeiro clima do verão.

Tropea: que praia!!!!!

Nós fizemos um longo giro pelo sul e voltamos para a Calábria e ali no quintal de casa, encontramos a melhor praia para um ótimo banho de mar. Um mar com todas as cores possíveis, cristalino, água quente...são apenas três quilometros, mas totalmente aproveitáveis. Fizemos a opção por uma praia um pouco mais selvagem, mas no centro da cidade, perto do castelo que foi destruído em 1876, tem lidos ótimos. E é nele que se pode provar uma comida bem típica: espaguete com cebola. A cebola de Tropea é conhecida em toda a Itália. Vermelha, saborosa e doce. O que serve até para fazer sorvete. Experimente na Tonino in the Corso. Aliás, o corso principal é um desfile de gente de todos os lugares do mundo e o vai e vem é constante. Parece a rua Direita de São Paulo de tão cheia. Aqui devo render uma homenagem à hospedagem que recebemos no Hotel Tropis com direito à massagem e manicure. Um luxo depois de tantos dias na estrada!

Novas formas de hospedagem

A discussão de economia criativa está em alta aqui no Rio de Janeiro. Todos buscam formas de valorizar a indústria do cinema, design, moda, turismo, artesanato, entre outras áreas. Na Itália, eles tinham um problema crônico: as cidades pequenas, charmosas, históricas e suas propriedades rurais estavam ficando esvaziadas com o êxodo dos habitantes para os pólos econômicos. Um movimento tem incentivado a permanência nestas fazendas em torno do negócio de agriturismo. Lembra um pouco os nossos hotéis-fazenda, mas o conceito é mais sofisticado. Tudo o que é servido dentro desses espaços seja para os hóspedes ou para os clientes dos restaurantes tem de ser produzido na terra. Na região de Olbia, conhecemos o  Stazzu Li Paladini . A simpática família de Alessandro Derosas trabalha todo lá e prepara uma festival de comida sarda de dar água na boca. Ainda servem vestidos em trajes típicos. O mais famoso é porco assado embaixo da terra, uma tradição antiga para evitar emitir fumaça e ser encont

Esqueça o conceito pé na areia

Verão para nós se resume em uma boa faixa de areia branca, um mar com ondas de temperatura amena, uma cadeira, um guarda sol, caiprinha e bom papo. Com isso, passamos a maior parte dos meses do ano em Terra Brasilis. Mas no reino da tarantella, a história é um pouco diferente. Primeiro, o verão se resume a um mês por ano: agosto e como todo munda está de férias e faz um calor de matar, vale qualquer coisa para se refrescar. As cadeiras e os guarda-sóis até que a gente encontra nas estruturas chamadas lido que oferecem também um bom serviço de praia com ducha e comida ( não pode faltar), agora areia branca e água quente, pode esquecer.  Onda, então, não existe. O mar é uma piscina de água salgada. Na Puglia, vi de tudo. A praia de Alumini, perto de Otranto, por exemplo, tem uma areia negra, vulcânica. Em Santa Maria di Leuca - assim chamada por causa de seus morros brancos - tem grutas lindas que são alcançáveis de barco. O resto se acomoda em rocha feito largato. Em Riva di Tessali, a

Otranto é uma porta de entrada para a Itália

Uma cidade totalmente fortificada. Era assim que Otranto se protegia das inúmeras invasões nos tempos antigos. Hoje, é a ligação mais perto da Albânia e também recebe milhares de imigrantes. O transporte direto de barcos foi descontinuado para tentar conter um pouco essa corrente migratória. No século XV, os métodos eram outros.O Farol de Palascìa servia para avisar Venezia de possíveis invasões. Quando se percebia uma tentativa de invasão turca, o farol era acesso e avistado por outro mais adiante, assim sucessivamente até chegar a informação no norte. Uma vez acionado, tropas eram enviadas para ajudar no combate. Certa vez, a comunicação falhou e a cidade foi tomada depois de 15 dias de resistência. Um outro método bem medieval era esperar os inimigos tentarem passar pelas muralhas e jogar óleo quente em cima deles. Hoje, a cidade está mais calma, vive de turismo e de suas terras férteis. Ainda bem!

Lecce: barroco na península salentina

Chegamos em Lecce  e no caminho para hotel encontramos um anfiteatro romano intacto com um espetáculo de ballet sendo apresentado. Noto da Puglia, Firenze do sul, a principal cidade da Puglia recebe diversos apelidos por sua arquitetura barroca e seu centro histórico ricamente preservado. Fundada há mais de 2 mil anos, fez parte de todos os impérios que se apossaram da Itália e por isso, o teatro datado do século II D.C. Suas igrejas são monumentais. A de Santa Croce era vizinha ao hotel Pátria, onde ficamos hospedados. Sua  construção foi iniciada em 1353 e concluída em 1695. A igreja apresenta uma fachada ricamente decorada. Formando parte do mesmo edifício, encontra-se o Palácio do Governo, antigamente um convento. A Duomo tem uma das maiores praças e lá se encontra o Museu Diocesano. Na praça principal, a de Santo Oronzo, tem uma porta doada pela cidade de Brindisi com a imagem do Santo e ali ao lado uma mordomia para os governantes poderem ver os espetáculos do teatro, um camar

A rua é pública ou privada?

A Itália tem os museus, as casas, os palácios e as ruas mais bonitas que já vi. E talvez por isso, o limite entre o público/privado é tênue. Se por aqui, os bares colocam suas mesas e cadeiras nas calçadas e não Choque de Ordem que dê jeito, lá parece que isto é uma instituição. Todo mundo põe e pronto. Em Ostuni, conhecida como a cidade branca, no centro onde não transita carros, é só virar uma das ruas estreitas e pronto: sofás, mesas e toda a sorte de lugar para sentar estão posicionados na frente do bar. Um dos mais belos que encontramos foi o Riccardo Café. Luzes de led no interior e almofadas azuis faziam um contraste singular com a arquitetura da cidade. Em Maglie, uma pizzaria foi além. A rua foi fechada com uma grade, as mesas foram para o meio dela com direito a música ao vivo e depois a participação de um DJ da rádio local. Não deu outra: virou um baile! Parecia uma cena de filme! Todos nós dançando na rua, com a história daquelas casas e uma lua cheia como testemunhas. Pode

Grotte di Castellana: uma descoberta subterrânea

Se em Capri, ficou faltando a Gruta Azul, aqui não deixei passar em branco. Um passeio de duas horas embaixo da terra pela Grotte di Castellana . Lá embaixo, faz um friozinho. É como se a gente saísse do sol e entrasse em um salão com ar condicionado. O percurso turístico de 3 Km tem uma enorme quantidade de estalactites - que crescem de cima para baixo calcificando as gotas d'água, estalagmites - que nascem na direção do chão para o alto  e colunas de diferentes tamanhos, formas e cores. Lembra a nossa Caverna do Diabo. Não se pode fazer fotos depois do salão principal nem por as mãos na rocha pois a interferência do calor pode parar o processo de crescimento destas maravilhas que demoram mais de cem anos para se formar. O passeio termina na Gruta Branca onde as rochas são translúcidas. Todo o roteiro é acompanhado de uma guia que vai explicando como tudo se formou em uma verdadeira aula de geografia e mostrando as figuras decorativas que acabam se formando. Uma outra atração é um

Alborebello, a emoção de dormir em um trullo

Na região da Puglia, no sul da Itália, tem uma pequena cidade que se chama Alborebello.Considerada um patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, tem uma construção particular de casa conhecida como Trulli. Hoje é apenas mais um roteiro turístico entre tantos outros. Mas vale uma visita para uma reflexão sobre tecnologia e design que não se atém a aparelhos eletrônicos ou formas visualmente bonitas – apesar, neste caso, a paisagem é de tirar o fôlego. As antigas construções de pedra calcária encontradas facilmente na região era feitas pelos trullistas. Os “arquitetos” daquele época recolhiam o material a ser utlizado na construção e, a partir daí, dimensionavam o tamanho do trullo que era composo de uma parte quadrado embaixo e um telhado em forma de cone. Sem calefação ou ar condicionado, sua forma e matéria-prima permitiam manter o calor no inverno e ser fresco no verão. Uma pequeníssima janela acima ou mesmo a porta eram as únicas entradas de luz. Para aumentá-la, os moradores u

Basicalata: primeira parada foi Matera

Entrando em mais uma região do sul da Itália, mais um patrimônio da humanidade. Na verdade, os caras tem cada coisa que vale mesmo o título. Nossa primeira parada foi a cidade de Matera. Fomos visitar o Sassi, a cidade velha. E coloca velha, nisso! É do período pré-histórico seus primeiros fundamentos e lá se encontrou o primeiro italiano. As casas foram construídas dentro de rochas seguindo a herança dos homens das carvernas. A arquitetura é tão diferente que as ruas são na verdade, o teto de algumas casas. No anos 50, a prefeitura resolveu retirar todos os moradores de lá e assentá-los na nova cidade. Mas, ainda  há pessoas que moram lá do mesmo modo que se vivia há mil anos atrás. Há um incentivo para o turismo e se pode hospedar por lá. Nossa visita terminou com um jantar em destas casas particulares.

Costiera Amalfitana: um dia perfeito

Como adjetivar um dia perfeito, se todos os dias eu acordo com a imagem do Corcovado, o sol batendo na janela e se espalhando pela praia? Mas tem dias que não é só a natureza é responsável por fazer um dia inesquecível. Fizemos um passeio de barco na Costiera Amalfitana saindo de Salerno em direção a Positano. A paisagem é maravilhosa. Cada povo que passamos de Amalfi a Ravello com o teatro de música criado por Oscar Niemeyer ( sim, ele mesmo!!!), Minori e Maiori, tinha suas particularidades: um hotel na costa, uma videira descendo pelos morros, grandes formações de rocha, uma água cristalina. O dia estava lindo: sol, aquele vento do mar, um céu limpo e consequentemente, um mar calmo. Nossa parada para almoço foi em Conca dei Marini. Ali, você ancora seu barco e o pessoal do restaurante La Tonnarella vem de te buscar para um almoço único: camarão ao sal grosso e espaguete com zuchini. Até hoje eu sinto aquele gosto na boca. Um vinho saboroso. Uma ducha de água doce e volta. Aí uma nova

O amor está no ar

Verão é assim em qualquer lugar do mundo. Corpos expostos, sensualidade a flor da pele, disponibilidade para amar ou pelo menos dar uns pegas e sempre tem aquele pôr do sol maravilhoso para servir de cenário. Desde a saída de Nápoles até Salerno, percorrendo pela orla a estrada da Costiera Amalfitana, encontramos carros suspeitos com vidros tapados e cobertos de papelão e até de lençois. Na verdade, não tinha nada de suspeito. Era evidente que dentro daqueles carros, tinha o maior rala e rola. O engraçado era a quantidade. Troppo, troppo, troppo. Como na Itália não tem motel, o jeito era improvisar.  E as filas de carros no acostamento acabavam aumentando o congestionamento que já é grande por ali. Pena que ao se esconder tanto, os casais acabam deixando de apreciar as belas paisagens proporcionadas pelos belvederes espalhados pelo caminho.

Positano: porquê o mundo é assim?

Falando em tecnologia e arquitetura, ao chegar em Positano e ver aquele lugar realmente especial e lindo construído sobre um morro me perguntei o tempo todo: porquê com a mesma geografia, o mesmo homem pode criar uma cidade como aquela e ao mesmo tempo as favelas no Rio de Janeiro? O que faz termos nas mesmas condições de terreno, soluções tão diferentes? Talvez seja o frio. Mas Positano está na Costiera Almafitana, na Campania, onde nem é tão frio. O tamanho pode ser a desculpa. A cidade italiana tem 8 km, bem maior que o Pavão-Pavãozinho que vejo da minha janela. Construída entre os séculos 16 e 17,  foi habitada por australianos e era até um povoado pobre até ser descoberta como ponto turístico e cenários de filmes como "Only you", "Sob o sol da Toscana", " O talentoso Mr. Ripley". Aqui, tudo é mais sem cor,  sem charme e o que aparece no cinema, são as cenas de violência. Deveríamos importar esse tipo de cultura e pensamento. Uma dica: ao chegar de car

Ercolano: uma cidade sobrevivente

Diz a lenda que o lugar leva esse nome pois foi fundada por Hércules após o término de um de seus trabalhos. Pode ser uma brincadeira, mas a cidade que renasceu após ser destruída pela erupção do Vesúvio em 79 D.C. é digna de um trabalho dele. Só que diferente de Pompéia que foi incendiada, ela foi soterrada por cinza e lama que se solidificou. Essa mistura foi fatal para todos os moradores, mas ajudou a preservar bem os escombros. Só no início do século XVII, ao cavar um poço mais fundo, homens do séquito do príncipe d’Elboeuf descobriram a vila soterrada. Hoje, é possível visitar o parque arqueológico onde se pode observar as casas com suas paredes, telhados, utensilios praticamente intactas. As vias também estão conservadas e ao indagar para um taxista se era original, ele reclamou:" Hoje se faz uma rua e, em poucos meses, o asfalto cede. Essa aí tem séculos e está ótima."