Todos já sabem que além da vista para Copacabana, Ipanena, Morro da Urca, Corcovado, da minha varanda avisto 5 favelas: bem de frente Pavão-Pavãozinho, à esquerda, Vidigal e à direita, Cantagalo, Chapéu da Mangueira e Babilônia. Pois bem, foi essa última que visitei por conta de m trabalho voluntário que estou fazendo para a Brazil Foundation. Mesmo estando sobre o regime de UPP, o taxista não quis subir e foi quase forçado pela polícia para ir até a entrada do morro. Seu medo era resultado de três assaltos à mão armada sofrido em favelas. Mas o que vi lá é uma tentativa de se reestabelecer a dignidade, a autoestima e o mínimo de infraestrutura para que seus 3 mil habitantes possam desfrutar do seu direito de ser cidadão sem ter que cruzar com pessoas armadas andando pela rua, como me explicou uma moradora. Agora, armas por lá só da polícia que está muito bem equipada. A Babilônia tem algumas particularidades: está no meio de uma APA (área de proteção ambiental); nasceu de cima para baixo sendo a primeira casa construída da família de seu Antônio, em 1902 - ele mora lá há 68 anos e agora será removido para baixo e por fim, fazer parte do projeto Morar Carioca Verde. Esse projeto deve ser apresentado na Rio + 20 como uma forma de reurbanização usando os conceitos de sustentabilidade como energia solar, telhado verde, reciclagem de lixo, etc. Por enquanto, ainda está longe acontecer. O lixo ainda está espalhado pelas ruas mesmo com o caminhão da Columrb passando por lá diariamente, a água encanada das casas vem de uma única caixa d'água que recebe de canos ligados ao Teatro Villa-Lobos. Por outro lado, há ações de turismo que exploram uma trilha em meio a mata, um hostal, o famoso Bar do David (terceiro lugar no concurso Comida di Buteco) e há pessoas maravilhosas que querem fazer daquele espaço uma comunidade no sentido mais amplo. Foi assim que eu encontrei o Vitor, o Mateus, o Anderson, o Jorge, o Omar, a Natália, a Cristiana, jovens que agarram as oportunidades dadas - neste caso estavamos falando de um curso de fotografia oferecido pelo fotógrafo do o Globo, Gabriel Paiva e estão mudando a sua história e consequentemente do seu lugar de origem. Brava gente brasileira!
Casa mais antiga da favela
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Vista do alto do morro
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Grupo de fotógrafos
| Moradias que serão removidas |
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