Amanhecemos com a ressaca do medo da invasão da Rocinha e terminanos o domingo cantando e dançando. Como essa transformação se deu? A convocação partir de um SMS disparado aos amigos que estavam na cidade. Nato e eu temos um espírito agregador e gostamos de ter companhia. No Rio, mesmo que já faz seis meses aqui, notamos uma certa rotatividade. Pessoas que você encontra uma vez e depois, sequer dá um telefonema. Ficamos meio assustados e apreensivos se não íamos conseguir manter um círculo de amigos como tinha em São Paulo e em Milão. Por isso, o caminho mais fácil foi se juntar aos outros expatriados e a casa se tornou uma espécie de consulado italiano. Mas, neste domingo, a globalização reinou por aqui com cariocas, paulistanos e italianos. O ingrediente principal desta reunião feliz foi sem dúvida nenhuma a amizade e o espírito despojado de cada um se doar e se abrir ao outro. Conhecer novas pessoas, rever velhas amizades, aprender outras formas de viver, ouvir histórias, abrir seu coração e mente para o ser humano. Neste momento histórico do Rio, minha casa vivia esse clima de liberdade com gente falando várias linguas com o microfone do coração. Claro, que a comida esteve espetacular também. E as garrafas de vinho eram abertas sem parar. A mesa, sem dúvida, ajuda esse união. Os italianos aprenderam isso logo cedo e aqui é quase um mandamento. Mesa cheia é sinônimo de bons momentos. Depois, teve ainda o mutirão da limpeza com as mulheres na cozinha. Risadas e fofocas. Por fim, o por do sol foi saudado com música - o grupo tem uma cantora e até a voz desafinada do meu namorado era engraçada. Um dos convidados, citou Vinicius dizendo "tristeza não tem fim, felicidade sim" para ressaltar que tardes assim devem ser saboreadas com delicadeza já que são raras. Eu teimo em discordar. A felicidade é o normal e não podemos nos conformar com o contrário. Afinal, o sol brilha e o céu é azul para todos. Sempre.
Visitar cemitérios faz parte de alguns roteiros turísticos como o Pere Lachaise em Paris que tem túmulos de pessoas famosas como Honoré de Balzac, Maria Callas, Frédéric Chopin, Eugène Delacroix, Molière, Yves Montand, Jim Morrison e Edith Piaf. Agora imagina um com mais de 5.000 tumbas datadas dos Séculos XIII ao VII a.C? Claro que não sabemos quem foi enterrado por lá, mas é uma passeio pelo pré-história visitar a Necrópole Rochosa de Pantalica. O nome deriva do grego πάνταλίθος = lugar das pedras ou do árabe buntarigah = lugar das cavernas, mostrando mais uma vez as influências na Sicília. Pantalica está localizada em um platô envolto por cânions formado pelos rios Anapo e Calcinara. Chegando lá dá para escolher duas trilhas distintas: uma mais longa e outra um pouco mais acessível. Pela Vale Anapo, a trilha tem cerca de 10km na antiga rota entre Siracusa e Vizzini. A outra é ser feita pela Sella di Filiporto, começando da região de Ferla ou, pelo outro lado, em Sortino, que lev
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