Este ano, a nossa primeira viagem internacional teve como destino Israel, claro com uma passadinha básica na Itália. A escolha teve um cunho emocional já que com a perda da minha mãe e meu pai, achava que precisava ir aos lugares que eles tanto gostaram e respeitaram. E não faltou emoção neste sentido e em tantos outros. Visitar os lugares sagrados onde nasceram as religiões com toda a suas implicações políticas e históricas é realmente uma experiência única. Não é que alguns dias por lá vai fazer você entender o significado da vida ou o porquê de tantos conflitos na região. Mas, pelo menos,vai lhe dar uma visão geral das brigas eternas e lhe banhar de toda a energia possivel em um ambiente cheio de significados. Pois cada rua, travessa, igreja, jardim tem parte descrita na Biblia, no Alcorão ou Torá. É estranho pensar que na essência das religões esteja o amor, o respeito e a solidariedade e, no dia a a dia por lá ainda se constroem muros, guetos e disputam cada pedaço de terra fincando bandeiras e gritando salmos. Então para nós turistas resta apenas abrir a mente e o coração e aproveitar cada minuto.
Vamos lá a algumas dicas práticas: ao chegar no aeroporto, peça muito gentilmente ao policial que verifica seu passaporte que não coloque o carimbo no mesmo (no stamps, please). Isso é uma precaução necessária caso decida viajar para outro pais, principalmente árabes que não mantêm relações diplomáticas com Israel. Eles já estão acostumados com o pedido, mas podem perguntar o motivo. Ao alugar um carro, lembre-se que você tem um chapa de Israel e portanto não será aceito nos territórios ocupados ( se resolver arriscar e bater o carro, por exemplo, o seguro não vai cobrir os danos). Faça um roteiro levando isso em conta e siga as orientações das locadoras e hotéis. Nós, por exemplo, usamos um taxi para visitar Belém (aguardem próximos posts). Faça o câmbio pela moeda local pois apesar de aceitarem dólares e euros, a taxa nunca é boa. Atenção as roupas. Nas cidades como Jerusálem, Belém, Nazaré, nada de bermudas e mini saias. Cobrir a cabeça com lenço, só usei mesmo na praça da mesquita em Jerusalém mais por respeito que imposição. Por fim, observe atentamente o calendário. Evite os feriados judaicos pois tudo fecha literalmente. Não tem nenhum lugar nem para tomar um café. No Sabhat, de sexta para sábado, vale a mesma regra mesmo estando hospedada em hotéis internacionais. Por isso, tenha sempre um biscoito na bolsa. Apesar desta restrição, toda a sexta-feira, em Jerusalém, os freis franciscanos fazem uma procissão na via dolorosa e então para os católicos é um momento que vale a pena considerar, mesmo que depois o jantar seja um falafel na rua. Aliás, uma dica: o Uncle Mustache na entrada do portão da frutas da cidade velha é o melhor da cidade. Não deixe de provar!
Por fim, ao deixar Israel , reserve pelo menos tres horas antes para chegar ao aeroporto. Os procedimentos de segurança para sair são até mais rigorosos que na chegada.
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