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Os vinhos portugueses

Se comer é bom demais em Portugal, beber, então, nem se fala! O país produz ótimos vinhos, muito além do seu famoso verde e as visitas as vínicolas se tornaram uma ótima opção de turismo.  Na nossa última viagem, visitamos 3 delas. A primeira, a Quinta da Bacalhôa, fica a apenas 30 km de Lisboa. Lá, o empresário José Berardo juntou arte e uvas para produzir vinhos a base de Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. Assim que chegamos, damos de cara com  o gigante BAC, mascote da casa, uma escultura gigante de um bulldog azul. A visita guiada pela adega inclui a passagem por um encantador acervo de objetos de art nouveau e art déco, peças étnicas africanas e ícones da aclamada cerâmica de Bordalo Pinheiro. Lá, também estão reunidas uma das mais ricas coleções de azulejos portugueses que datam dos séculos 16 a 20. Antes da degustação, passeamos pelo lindo jardim em formato de labirinto que circunda o palácio, fundado pela Dinastia de Avis, há cinco séculos. O almoço foi servido na casa do lago ao som de um belo fado e regado com premiado tinto Quinta da Bacalhôa.


Nossa segunda parada foi mais uma Quinta do mesmo grupo. Desta vez, em Sangalhas, no distrito de Aveiros. Lá, nosso amigo Berardo "exagerou" no seu amor pela arte e construi um museu: o Aliança Underground Museum com um acervo dividido em 8 coleções: arqueológica, arte etnógráfica africana, escultura contemporânea do Zimbabue, de minerais, de fósseis, de cerâmica das Caldas, azulejos e de estanhos. É impressionante as cores das pedras, as máscaras, as esculturas gigantes tudo em um grande espaço cênico, aproveitando exatamento as caves que também servem de depósitos para os vinhos lá produzidos.  Vale a visita.




Para finalizar, nosso destino foi Porto para conhecer o famoso vinho local. Fomos conhecer a Real Companhia Velha, a mais antiga e emblemática empresa de vinhos de Portugal, tendo celebrado 260 anos de existência e de atividade initerrupta. Podemos ver os tonéis de madeira onde o vinho do Porto descansam por até 30 anos até que ele atinja o ponto de maduração. A proximidade com o mar é ideal para o processo de envelhecimento até ele atingir a evolução da cor e do paladar e que consiste num processo de "oxidação" natural - uma misteriosa forma de "respiração" através dos poros da madeira.
Tim, tim!!!!

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