Já tinha escrito aqui que Capri estaria e está na lista dos lugares que posso voltar mil vezes na Itália. E eis que surgiu um convite de um casamento lá e não deu outra: fizemos uma bate e volta de 5 dias só para poder rever esse ilha e seus encantos.
Antes de pegar o barco - cujo trajeto dura 50 minutos - aproveitamos para um cumprir um outro ritual que faltava no nosso roteiro: conhecer a famosa
pizza da Michele. A família Condurro está à frente do badalado templo da pizza desde 1870 e encontrei no caixa o neto do fundador ainda na ativa. São servidos apenas dois sabores: a margherita e a marinara. A fila na porta faz parte do folclore mas anda tão rápida quanto uma do McDonald's. E não se engane, o tempo de espera não vale a pena. Eu amo pizza e como em qualquer lugar: do balcão do bar a pizzaria Guanabara, até a comprada pronta no supermercado. Por mais que Julia Roberts tenha deixado a dieta e se deliciado no local no filme "Comer, rezar e amar", garanto que não vale as calorias. Já
não tinha curtido a pizza de Nápoles e agora é definitivo: não serve para meu paladar. As bordas que ama são incomíves (existe esta palavra???). Em geral, é grossa, meio queimada e borrachenta...a única coisa que alivia é a qualidade da matéria-prima: tomate e muzzarela são bem saborosas. Só coloque no seu roteiro, se é fanático por atrações turísticas. Pelo menos não doí no bolso: cada pizza custa 4,5 euros e nem servem vinho para encarecer a refeição. Outro erro: a bebida poderia ajudar a descer a pizza :).
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Pizza Margherita |
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A placa histórica |
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Deixando de lado as filas e multidões, partimos para uma experiência mais exclusiva em Capri. A ilha tem aquele quê de chique sem ostentação. As pessoas estão sempre bem vestidas, mas de uma maneira casual. É simplesmente sofisticada. Portanto, apesar da excursões diárias que enchem o lugar com seus guias e guarda-chuvas levantados, Capri é única! Reúne mar, as melhores lojas do mundo (há grifes que tem até dois negócios por lá), ótimos restaurantes e hotéis deslumbrantes. Tirando o shopping, nós aproveitamos tudo isso, a começar pela hospedagem. Ficamos no
Quisisana que nasceu na metade do século XIX como um hospital. Em um tradução livre quer dizer "aqui se cura". Em 1861, o fundador George Sidney Clark percebeu a verdadeira vocação da ilha e transformou a construção em um hotel que até hoje é um dos mais luxuosos por lá, com 3 restaurantes; um bar na frente que proporciona aos hóspedes sentar por ali, pedir um drink e ver a vida passar; um spa com piscina, hidromassagem, sauna, banha turco e massagem; uma grande piscina e quartos espaçosos. Evidentemente, tudo isso tem um preço alto. O taxímetro começa a funcionar já no porto: funcionários buscam suas malas e entregam o bilhete para o funicular. O que você acha que é um gentileza e deveria ser um serviço de um hotel 5 estrelas vem na conta no valor de 48 euros. Uma água sai por 10 euros e o restante, o céu é o limite. Para um fim de semana, com os amigos por lá, fizemos o sacríficio :)
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Il Faglioni: cartão postal de Capri |
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Entrada do hotel Quisisana |
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Para o primeiro jantar, escolhemos o
restaurante Aurora. Também tradicional com mais de 100 anos de existência, tem em seu carro chefe uma pizza de água....esta sim agrada meu paladar: fininha, crocante com tomate e muzzarela no ponto. O chef Franco Aversa nos preparou uma pasta com abobrinha sensacional e o destaque ficou por conta da seleção de vinhos. O restaurante tem um adega recheado de ótimas opções com custo/benefício excelente.
Já a festa do casamento, foi no
Mammá colocadinho a Igreja com um vista para o porto e uma cozinha de primeira. Os chefs Gennaro Esposito e Salvatore La Ragione faz jus as estrelas Michelin. A festa teve sabores mediterranêos começando com um fantástica salada caprese e um buffet de peixes crus que faz a gente se sentir mergulhando no mar. As entradas foram tagliatella di seppia e polvo grelhado com abrobrinha. Os primeiros pratos: risoto com vongole, alho e óleo e ravioli de camarão, provolone e funghi. Como segundos, tivemos involtini de peixe com molho putanesco e peixe do dia cozido com limão, batatas, cebola e alcaparras e finalizamos com uma estupenda mesa de doces e um bolo de mil folhas divino.
Alías, foram os doces que me fizeram voltar ao restaurante
Il Riccio, em Ana Capri. Além da mesa, reserve pelo menos meia hora e 50 euros para chegar lá. Como já escrevi
aqui, tem uma sala de doces que enchem os olhos e o estômago. Cannoli variados, babás, mousses, tortas de ricota e pera, de pistache, de chocolate e o que mais a imaginação deixar. Por isso, não exagere na refeição. Eu fiquei em um prato de fritos do mar e um ravioli simples....mas não deixe de experimentar a pasta com riccio. A vista do lugar é um capítulo a parte e se tiver um dia de sol, aproveite para relaxar nas espreguiçadeiras e depois dar um mergulho no mar até a entrada da Gruta Azul.
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A sala de doces mais
espetacular do mundo |
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Vista do restaurante |
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Para finalizar, o meu passeio preferido em Capri continua sendo a
Taverna Anema & Core. Neste pequeno porão, Guido Lembo e agora seu filho Gianluigi transformam a música em um elemento aglutinador de pessoas de todo o mundo, com o intuito único de ser divertir. Como era parte das comemorações do casamento, ficamos na mesa central, bem de frente ao palco e teve até uma convidada que se arriscou no microfone. A noite se tornou uma amálgama de dança, sons, risos no melhor estilo "me deixa ser feliz". Só por isso já recomendaria mil vezes Capri, mas a pequena ilha italiana é muito, muito mais. Se me perguntam, qual lugar eu deveria visitar na Itália? Minha resposta é sempre Capri.
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Guido Lembo |
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O clima de Anema&Core |
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